quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

"Sem título" por Karoline Dias

E lá vem ela, eu não sei como consegue me tirar a atenção dessa forma.
Diga-me o que eu vejo de tão diferente.
Gosto do que não tenho, gosto do novo e do bagunçado.
Talvez eu não consiga arrumar, mas de qualquer forma, apenas tento.
Tentativas inúteis, pensamentos confusos.
Você e eu é uma idéia jogada ao vento.
Eu não me importo com nada, você se importa com tudo.
Ela me tira um sorriso quando passa, é algo da minha cabeça, eu sei disso.
Cabelos ao vento, teu cheiro no ar. Aqui, agora.
Venha, mas venha depressa.
Pretendia ajudá-la, por favor, permita.
Se não permite, mais um que vai embora.
Sem problemas, não sofro com essas coisas, não mais.
Aprendi com o tempo que as pessoas não se importam, apenas aparentam.
Mentiras, a sociedade está acostumada com isto.
E lida tão bem, finge tão bem.
Não diga que eu fiz tudo errado outra vez.
As coisas velhas são repugnantes, são desastrosas e mal acabadas.
Não quero viver em um passado conturbado.
Cheio de brigas, desentendimentos.
O momento reflete coisas boas, músicas novas, vida em paz.
Enfim, não peço muito.
Café, música, dias ensolarados, frio á noite.
Costumada a estar sempre preocupada com tudo, cansei.
Da mesma forma, cansei das pessoas.
De todos os dramáticos, egocêntricos, masoquistas, narcisistas, ateus, artistas, músicos.
Uma sociedade perdida, sem esperança para mudanças.
Apenas mentes fechadas, regressando ao passado.

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